A experiência proporcionada por todos os meios telemáticos disponíveis nos dias de hoje deveria, certamente, possuir determinados pressupostos bem assentes, a que poderíamos chamar, como chamamos, as "regras do jogo". Contudo, com o surgimento de alguns recursos pertencentes àquela mesma categoria, damo-nos conta de que "fazer batota" também é possível (provavelmente dada a nossa eterna condição humana).
E de facto, é do que esta imagem trata. A burla foi protagonizada por dois jovens veraneantes e amantes dessa actividade que se resume, como alguém me disse há pouco tempo na Ilha Terceira (o paternalismo sai caro...), a "ver peixinhos". E, na verdade, penso que nem Spielberg conseguiu tanto realismo com o seu velho "Jaws", que sempre me pareceu um boneco insuflável ou colchão de praia gigante com a forma de tubarão assassino.
Mas se esta manipulação não comporta em si qualquer mal de maior, outras existem que dão realmente em que pensar. É que, no imediatismo dos nossos tempos contemporâneos, as imagens valem por si e assumem-se como o produto com a maior quota do mercado das ideias. São fáceis de absorver e satisfazem qualquer S. Tomé, já conformado com o facto de muitas vezes não poder encontrar-se em condições de "tocar" o objecto das suas dúvidas.
E se os motivos que presidem à sua recolha - ou em qualquer caso, criação - não forem os melhores, isso reflectir-se-á em tudo aquilo que se quer dar a conhecer (ainda estou para saber o que se passou concretamente no Estádio Olímpico de Pequim, aquando das cerimónias de abertura dos Jogos).
Qual prospecto de ajuda para aferir de eventuais intrujices futuras que se nos apresentem, ou simples curiosidade mediática, o Telegraph publicou as vinte melhores fotografias manipuladas, onde esta mesma se inclui. Vale a pena dar uma vista de olhos.
1 comentário:
O turista do World Trade Center é alto meme.
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