sexta-feira, julho 25, 2008
Puro Vintage IV
quarta-feira, julho 23, 2008
Ficções
Transposto para a Sétima Arte por Ridley Scott, com o nome de "Blade Runner - Perigo Iminente", o romance conta a história de Rick Deckard (Harrison Ford), um oficial da polícia de S. Francisco e caçador de prémios. O seu trabalho, "retirar" o maior número possível de andróides humanóides, em fuga dos mundos coloniais, não registados nas Companhias que os produzem, para uma Terra devastada pela Guerra Mundial de 1992.
E é precisamente pela demanda de Rick Deckard que nos vamos apercebendo de um dos elementos-chave do cenário cultural em que a trama se passa. Na sua actividade de "assassino licenciado e remunerado", tendo como alvo tais "imitações" da vida humana, Deckard anseia, pelo menos no início de tudo (no fim contenta-se com um batráquio artificial), ganhar dinheiro suficiente para comprar um animal vivo, verdadeiro - o símbolo genuíno de alto estatuto social e meio único para alcançar alguma felicidade num mundo à beira da extinção - sequela natural de um holocausto nuclear ainda a digerir por todos quantos cá ficaram. Deste modo, ao ganhar o prémio pela captura do primeiro dos Nexus-6 (último modelo de andróide) que com ele se vão inevitavelmente cruzando, Rick usa-o para a compra de uma cabra núbia - a digna sucessora do seu carneiro eléctrico que tem partilhado, nos últimos anos, o telhado do prédio onde reside com um poltro Percheron, verdadeiro, propriedade do seu vizinho. Contudo, tal aquisição - altamente dispendiosa de acordo com o catálogo da Sydney que Deckard traz sempre consigo - é logo deitada por terra, literalmente. Rachel Rosen, também uma Nexus-6, ao dar-se conta de que sempre ocupa o último lugar na escala de empatia pessoal do nosso herói, inconformada com isso mesmo, empurra a cabra de Deckard, prédio abaixo, matando-a, claro está.
Ora, foi a pensar nesta história, assim brevemente resumida - tendo acabado, recentemente, de ler o livro - que aqui há dias me deparei com este simpático e sorridente gnomo de cerâmica, no café onde costumo ir, cá na Sertã.
Ao subir as escadas que dão acesso à parte mais recatada do estabelecimento, esta sorridente personagem, lá está, "eléctrica" e dotada de um qualquer sensor de movimento, logo garbosamente assobia, em jeito de piropo, ao cliente que se assoma a uma mesa para tomar uma bica ou beber uma água.
E se o assobio pudesse fazer realmente lembrar um tropical papagaio, verdadeiro, certo seria que tal estado de coisas só traria dores de cabeça ao proprietário do estabelecimento. Senão vejamos: que proprietário de estabelecimento hoteleiro se arriscaria, nos dias que correm, a abrilhantar o seu espaço com um exemplar deste tipo de aves tão astutas? A resposta: nenhum. Na verdade, o mais provável seria a pronta autuação, pelas entidades fiscalizadoras da salubridade e do gosto, de tais prevaricadores das normas higiénicas ditas "vigentes".
Assim, aqui temos este "Gartenzwerg", que não suja, não diz asneiras - outro aspecto a ter em conta, dado que os papagaios gostam de imitar tudo o que ouvem (o que aqui seria sempre um embaraço, dado o uso abundante e corrente do vernáculo) - e sempre avisa sobre a entrada de mais um ou vários convivas, predispostos, com toda a certeza, a "fazer despesa".
Sempre se pode pensar que realmente o futuro, afinal, não podia ter resultado tão mais diferente do que o previsto e imaginado!... Ficções...
quinta-feira, julho 17, 2008
Verão I
Se o Ocean's ainda estivesse aberto e tivesse uma piscina no terraço, esta seria a banda sonora!
Um Vintage a dar sede de outros Verões, de outros tempos!
quarta-feira, julho 16, 2008
Da Ordem
"Causídico
Após a leitura atenta de todos estes comentários, apenas me arrisco a dar um testemunho pessoal, porque sempre aprendi a falar apenas daquilo que conheço. Fiz o Estágio de dois anos, com o melhor patrono que poderia ter tido, que me deu trabalho, me inspirou e orientou. Nunca me tratou com paternalismo ou demasiada supervisão, assim que viu a qualidade do meu trabalho - aquela que eu procurava em cada noite de directa, com muito mais prazer do que a estudar para os exames, a preparar, às vezes duas alegações de recurso para processos distintos. Uma das coisas de que mais me orgulho é ainda hoje o meu Ilustre Patrono (agora ex) dizer que pouco ou nada me corrigia, dado o meu zelo e perfeccionismo. Enquanto exerci aquele patrocínio, estatutariamente limitado, que o estágio me impunha por forma a completar os créditos que me levariam a estar apto para exame, dos casos que tive, cinco ao todo (a comarca é densamente povoada de muitos que ficarão agora a olhar para as paredes ou a jogar solitário no portátil), três deles consegui a absolvição para o meu constituinte e dois culminaram na desistência de queixa e em acordo. Eu compreendo que, para muitos, tal caso é uma excepção, não podendo de maneira nenhuma fazer jus para a defesa de uma certa regra diferente daquela que, precisamente, insistem que existe. Contudo, sempre me pergunto: acaso não estarão agora a pôr "a carroça à frente dos bois"? É que é precisamente neste arredamento de quem ainda está a aprender - sem, contudo, ser nenhum garoto da escola primária inconsciente por estádio cognitivo - que se instila a insegurança e se acaba por dar razão ao que, espanto, se começou por dizer. Com uma agravante: um estagiário que faça o exame a uma terça e à segunda ainda é uma sub-species, à quarta já é advogado e é colocado como oficioso na barra - suponhamos. Se passou todo o estágio embrulhado em livros e em consultazinhas, que segurança tem para logo ali, à quarta-feira, poder advogar? Nunca viu nada, nunca soube nada. Há aqui, quer-me parecer, uma ideia um pouco bacoca mas tão típica deste país: O canudo dá tudo! Como se fosse por osmose. É o mesmo que ter alguém que nunca percebeu de arte ou outra coisa qualquer, de repente ser investido em umas quaisquer vestes e ter o milagre da sabedoria, por força do que sempre contemplou. Para as más-defesas haverá sempre a possibilidade de queixa aos Conselhos de Deontologia. E mesmo do lado dos cidadãos, a igual possibilidade de recusarem o advogado que lhes for facultado. A questão é que também todos nós temos de estar informados sobre tais direitos. Perdesse o Senhor Bastonário algum tempo nesse trabalho e talvez não tivesse havido tanta polémica. Por fim uma última interrogação: Se mantivermos arredados os noviços de todas as iniciações, de todos os ensinamentos práticos, que raio de Ordem queremos para o futuro? Acaso pensa alguém que seremos sempre nós a existir e a por, lá está, ordem? É que ninguém é "gerado e não criado". E mesmo o Senhor Bastonário também se fez Advogado, como todos nós. De certo me espantaria se viesse agora dizer que já tinha nascido assim. Se calhar com Toga e tudo. Num país de milagres e aparições..."
sábado, julho 12, 2008
MemeMosaic
Os créditos:
1. Cava de Viriato - Viseu, 2. Servidos ?, 3. Untitled, 4. A trip to the market of colour, 5. Jeri Ryan, 6. Perrier Mineral Water, 7. McWay Falls at Julia Pfeiffer Burns State Park, Big Sur, 8. Lampreia de Ovos - 2007, 9. 64495_008, 10. Happy Panda Girl, 11. Beatsville USA12. É minha!
As regras para a criação do mosaico são simples:
Procurar no Flickr a resposta para cada uma das perguntas que se encontram em baixo;
escolher uma imagem, usando apenas a primeira páginas de resultados;
copiar e colar o endereço de cada imagem no Mosaic Maker, configurando as colunas para 4×3 ou 3×4.
As perguntas:
1.O seu primeiro nome?
2.Comida preferida?
3.Em que escola estudou?
4.Cor favorita?
5.A sua «celebrity crush»?
6.Bebida preferida?
7.Férias de sonho?
8.Sobremesa preferida?
9.Carreira de sonho?
10.O que mais ama na vida?
11.Uma palavra para se descrever?
12.Nome de utilizador do Flickr (se não aparecer nenhum resultado, usem um de outro site qualquer)?
Passo o desafio ao Paulo, ao Augusto e à Passiflora Maré.
quinta-feira, julho 10, 2008
Pipocas 3G
Afinal, o que parecia ser uma boa desculpa, na óptica do "faça você mesmo", para ter os telemóveis ligados dentro das salas de cinema, não passa de uma imaginativa campanha publicitária.